ATA DA OCTOGÉSIMA NONA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 29-9-2011.

 


Aos vinte e nove dias do mês de setembro do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elói Guimarães, Fernanda Melchionna, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Maria Celeste, Mauro Zacher, Nilo Santos, Professor Garcia, Sofia Cavedon e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, a senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, Luciano Marcantônio, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: pelo vereador Elói Guimarães, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 017/11 (Processo nº 3169/11); e pelo vereador Mauro Pinheiro, o Projeto de Lei do Legislativo nº 152/11 (Processo nº 3172/11). Do EXPEDIENTE, constaram Ofícios do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, emitidos no dia vinte e dois de setembro do corrente. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Septuagésima Sétima, Septuagésima Oitava, Septuagésima Nona, Octogésima e Octogésima Primeira Sessões Ordinárias, da Décima Quarta, Décima Quinta e Décima Sexta Sessões Extraordinárias e da Décima Nona, Vigésima e Vigésima Primeira Sessões Solenes. A seguir, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a assinalar o transcurso do quinquagésimo aniversário do Coral da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS –, nos termos do Requerimento nº 075/11 (Processo nº 3241/11), de autoria da vereadora Fernanda Melchionna. Compuseram a MESA: a vereadora Sofia Cavedon, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre; a senhora Jussara Porto, Vice-Pró-Reitora de Extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; a senhora Rosiane Pontes e o senhor Lucas Alves, respectivamente Presidenta e Maestro do Coral da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ainda, foram registradas as presenças, neste Plenário, do senhor Paulo Parizi e das senhoras Doréte Terezinha Simon e Marília Caldas, Diretores do Coral da UFRGS. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Fernanda Melchionna, como proponente, Elói Guimarães, Adeli Sell e Sofia Cavedon. Na oportunidade, o vereador Adeli Sell formulou Requerimento verbal, solicitando que as notas taquigráficas do pronunciamento efetuado pela vereadora Fernanda Melchionna, em Comunicações, fossem enviadas, por meio de ofício da Presidência desta Casa, às Secretarias Municipal e Estadual de Cultura. Após, a senhora Presidenta convidou a vereadora Fernanda Melchionna para, juntamente com integrantes do Coral da UFRGS, proceder à entrega, às senhoras Rosiane Pontes e Jussara Porto e ao senhor Lucas Alves, de placa e Diploma alusivos à presente solenidade, concedendo a palavra a Suas Senhorias, que agradeceram a homenagem prestada por esta Casa. Às quinze horas e três minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e quatro minutos. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Professor Garcia, Engenheiro Comassetto, Tarciso Flecha Negra, este em tempo cedido pelo vereador Luciano Marcantônio, e Luiz Braz, este em tempo próprio e em tempo cedido pelo vereador Mario Manfro. Durante a Sessão, os vereadores Pedro Ruas, Engenheiro Comassetto, João Antonio Dib e Mauro Pinheiro manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Também, foi registrada a presença, neste Plenário, da senhora Tâmara Biolo Soares, da Secretaria Estadual de Justiça e dos Direitos Humanos. Às quinze horas e quarenta e um minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação solicitada pelo vereador João Antonio Dib, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelos vereadores DJ Cassiá, Toni Proença e Adeli Sell e secretariados pelo vereador Toni Proença. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário e pela senhora Presidenta.

 

 

 

 


A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

Hoje, este período é destinado a assinalar o transcurso dos 50 anos do Coral da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, nos termos do Requerimento nº 075/11, de autoria da Verª Fernanda Melchionna, Processo nº 3241/11.

Convidamos para compor a Mesa: a Srª Rosiane Pontes, Presidente do Coral da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; a Srª Jussara Porto, Vice-Pró Reitora de Extensão da UFRGS; e o Sr. Lucas Alves, Maestro do Coral da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Nós contamos ainda com a presença do Diretor e das Diretoras do Coral da UFRGS: Paulo Parizi, Doréte Terezinha Simon e Marília Caldas, ambas construtoras desse Coral, coralistas há quase 50 anos. É uma alegria tê-los conosco, assim como outros coralistas e ex-coralistas. Nós temos orgulho do Coral da UFRGS, um Coral de nível internacional que já ganhou grandes festivais, promovendo, nesta Cidade, a história da Universidade e de Porto Alegre no mundo artístico, no mundo da música, e que persiste pela garra dos seus integrantes, amantes da música.

A Verª Fernanda Melchionna, proponente desta homenagem, está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; queria cumprimentar a querida Rosiane Pontes, o Maestro Lucas Alves, a Professora Jussara Porto; a Marília e a Doréte - foi um prazer conhecê-las, além de já conhecer a bela história de vocês de dedicação à música; a Professora Neiva Ely e o Sr. Paulo Parizi. E eu queria agradecer a presença do DCE da UFRGS, através da Nina, que está aqui conosco, como parte, Professor Garcia, desta justa homenagem ao Coral, que completou, no dia 13 de agosto deste ano, 50 anos de história dedicada à música, nas mais variadas formas versáteis.

Eu falava agora com a Doréte e a Marília, que me disseram que já passaram cerca de 500 coralistas pelo Coral da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e essa entidade, que inclusive é uma Associação, sobreviveu aos anos de chumbo de maneira heroica, de maneira resistente, de maneira a encantar plateias no mundo inteiro, pela sua bela música.

Com muita alegria esta Câmara também concedeu uma homenagem, proposta pela Verª Sofia, quando dos 40 anos do Coral, e hoje está promovendo uma atividade no Teatro Glênio Peres, para que o Coral não só venha a ser homenageado, mas encante os nossos ouvidos com a sua bela música.

Então, gostaria de ler muito rapidamente o histórico, para que fique registrado nas notas taquigráficas, e gostaria de registrar a minha alegria de poder homenagear o Coral da UFRGS e também de contar com a Professora Neiva Ely, que foi minha professora, parte da minha Banca na Faculdade de Biblioteconomia da UFRGS, e uma das lutadoras pela leitura, também, no nosso Município. (Lê.): “Coral da UFRGS: 50 anos de história e dedicação à música. Sob a condução artística do Maestro Lucas Alves e com a preparação vocal de Cíntia de los Santos, o Coral da Universidade Federal do Rio Grande do Sul completou, em 2011, 50 anos de história ininterrupta. Fundado pelo maestro Pablo Komlós, em 13 de agosto de 1961, o Coral, à época, dedicava-se exclusivamente à interpretação de obras sinfônicas, tendo participado com a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre – OSPA, dos principais espetáculos musicais trazidos a Porto Alegre. Em sua primeira década de existência, apresentou-se também na inauguração do Teatro Guaíra, de Curitiba; no Teatro Sodré, de Montevidéu, e no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. A partir de 1969, passou a se dedicar à música ‘A Cappella’, sob a regência do maestro Nestor Wennholz, apresentando-se excepcionalmente com a Orquestra. Essa mudança trouxe como principal característica a versatilidade musical do grupo. Seu repertório passou a abranger peças de todas as épocas e estilos musicais (renascentista, barroco, contemporâneo, popular, folclore nacional e internacional), sempre buscando a elevação do seu nível artístico, com espírito sério e crítico. Superando problemas dos mais diversos - até mesmo fazendo do Parque da Redenção e do bar da Faculdade de Medicina, seus locais de ensaio -, o pequeno grupo começou a sentir a concretização de seus esforços, que veio a se traduzir na receptividade do público. Por ocasião do seu 15 aniversário, em agosto de 1976, promoveu um Encontro Internacional dos Coros em Porto Alegre e estreou a peça didática ‘Apresentação do Coro’, composta por Osvaldo Lacerda. Em março de 1984, assumiu a direção o Maestro Cláudio Ribeiro, que imprimiu um trabalho dinâmico ao Coral, dando ênfase para autores brasileiros, em especial, gaúchos. Sob sua regência, em 1985, o Coral participou do II Festival Internacional de Coros, em Montevidéu, e do Festival Internacional de Coros de Criciúma. O ano do 25º aniversário, em 1986, foi de intensa atividade, destacando-se a apresentação do ‘Magnificat’, de Claudio Monteverdi, com solistas do próprio grupo.

O Sr. Professor Garcia: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Prezada Verª Fernanda, quero parabenizá-la por fazer esta justa homenagem. Gostaria de saudar os membros da Mesa - o nosso Pró-Reitor, o DCE; os membros do Coral, e dizer que é um Coral que, durante 50 anos, de forma ininterrupta, traz alegria ao povo da nossa Cidade e do nosso Estado. Portanto, quero parabenizá-la e fazer uma saudação carinhosa à minha amiga Doréte, a quem conheço de tantos anos. O importante é que cada um tem uma profissão; cada um, ao longo de suas vidas, está graduado em outras situações, o que mostra, mais do que nunca, que a música não tem Partido, não tem religião e não tem formação - a música é universal. Portanto, parabéns por esta justa homenagem.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Obrigada, Professor Garcia. Com certeza, a música é universal. Agradeço as suas belas palavras. Esse mesmo Coral (Lê.): “...Participou, ainda, da gravação do LP ‘Colóquio’, de Bruno Kiefer. O Coral recebeu também homenagem em Sessão Especial da Câmara de Vereadores de Porto Alegre pela participação ativa e ininterrupta na atividade cultura da Cidade. Em outubro de 1990, assumiu a regência o maestro Wenceslau Moreyra, que, com apenas um mês de trabalho, levou o Coral a alcançar o 4º lugar no 15º Festival Internacional de Coros de Porto Alegre, do qual participaram grupos da Estônia, Lituânia, Argentina e Uruguai, sendo o primeiro dos coros brasileiros. Em 1994, assumiu a regência o maestro Leo Fuhr. Com ele, o Coral participou do Festival Internacional de Coros de Gálvez, Província de Santa Fé, na Argentina. Neste ano, o Coral participou do espetáculo cênico-musical ‘A Paixão dos Mendigos’, do cantor Paulo Gaiger. O Coral da UFRGS, ao longo de sua trajetória, recepcionou diversos grupos corais do Brasil, Espanha, Alemanha e França. Além de ter participado de diversas gravações de CDs, como ‘Pedra Mística’, do compositor Antônio Carlos Cunha, e do CD da organista Anne Schneider. O grupo realizou concertos no Uruguai, Argentina, Paraguai e Chile. E já representou a Universidade e a Cidade de Porto Alegre em diversas regiões brasileiras. O Coral apresenta-se regularmente nos eventos de órgãos e unidades da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em encontros de coros da Cidade e do Estado. Preocupando-se com o desenvolvimento das potencialidades e saúde vocal dos seus integrantes, o Coral contou, desde o início, com o trabalho de preparadoras vocais, em paralelo ao trabalho dos maestros. Através da parceria artística entre maestro e preparadora vocal, o Coral obtém as condições técnicas e estilísticas para apresentar ao público um repertório diversificado, exigente e de alto nível artístico. Atuaram nessa função os profissionais Eny Camargo, Helena Weinberg, Decápolis de Andrade, Lúcia de Moura Passos, Ida Weisfeld, João Fernando Araújo, Rosana Lofrano de Oliveira e, atualmente, é desempenhado por Cíntia de los Santos. O Coral foi berço de inúmeros profissionais da música, que se destacam hoje, nacional e internacionalmente, como regentes, compositores, arranjadores, instrumentistas, professores de técnica vocal e cantores. Atualmente, é formado por cerca de 40 cantores, entre alunos, ex-alunos, professores, funcionários da Universidade e pessoas da comunidade. É administrado pelos próprios cantores, que elegem anualmente diretoria e conselho fiscal [de maneira democrática]. Durante toda a sua trajetória, o Coral nunca se afastou do seu objetivo de cumprir o seu papel como integrante da Universidade brasileira nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, perpetuando o gosto pela música de todos os tempos, e levando a música coral em particular a faixas cada vez maiores da população. Nesses 50 anos de trajetória ininterrupta, o Coral da UFRGS já foi regido por diversos maestros. [Hoje, Lucas Alves é o Maestro Regente do Coral da Universidade.] Atualmente, o Coral é integrado por 25 coralistas que incluem estudantes e ex-estudantes da UFGRS, bem como docentes e servidores técnico-administrativos. O Coral da Universidade faz parte da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e, como tal, também conta com a participação de pessoas da comunidade externa à instituição. Em sua história, o Coral da UFRGS já realizou mais de mil apresentações e tem sido um dos grandes responsáveis pela divulgação da atividade artística da Universidade e um dos líderes do movimento coral brasileiro, quer pela continuidade do seu trabalho, quer pela qualidade do mesmo”.

Por essas razões, entre várias outras, esta justa e merecida homenagem aos 50 anos do Coral da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Estimamos que o Coral perpetue a sua longa vida de atividades ininterruptas em defesa da música, uma atividade democrática, vinculada à pesquisa e à extensão da Universidade, e que leve a música a cada vez mais porto-alegrenses, gaúchos, brasileiros e população mundial.

Quero também registrar o nosso apoio à luta do Coral por mais espaço físico, para que possa ter a sua sala dentro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A universidade brasileira deve, cada vez mais, abrir as suas portas e fixar residência - entre aspas - para aqueles que contribuem para a extensão da comunidade e para aqueles que buscam uma vida longa à música. A nossa homenagem a todos os coralistas da Universidade, o nosso registro pelo seu aniversário e, certamente, o apoio desta Câmara à luta em defesa de uma sala própria dentro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Vida longa ao Coral da Universidade! (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. ADELI SELL (Requerimento): Dada a importância do conteúdo da fala da colega Fernanda Melchionna, eu requeiro a V. Exª, Presidente, que as notas taquigráficas sejam enviadas, em ofício da presidência, à Secretaria Municipal de Cultura e à Secretaria Estadual de Cultura, porque esta Câmara tem que ser como um tambor de ressonância da Cidade para fazer chegar aos órgãos públicos, e também porque, talvez, os gestores municipais da Cultura e do Estado não estejam acompanhando a TVCâmara neste momento. Creio ser totalmente correto fazê-lo e solicito, portanto, em Requerimento, que V. Exª decida esta questão.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Com certeza, vamos encaminhar às Secretarias.

 

O SR. PEDRO RUAS: Em nome do PSOL, quero cumprimentar o maestro, os representantes do Coral, a Verª Fernanda Melchionna, que teve essa iniciativa, e V. Exª, minha cara Presidenta Sofia Cavedon, que sempre apoia esse tipo de ação parlamentar. Os 50 anos do Coral da UFGRS são um orgulho para todos nós. Conheci muitas pessoas que participaram do Coral ao longo desses anos, e lembro-me muito do tempo da Vânia, no Coral. Portanto, como um de seus admiradores e sabendo da sua importância, acho que acertamos em fazer esta homenagem, que é também um alerta e um pedido de ajuda. Parabéns à Presidência, a quem dirige o Coral e à Verª Fernanda Melchionna. Obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras. (Saúda a Mesa e demais presentes.) Quero fazer coro aqui ao Coral da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que nesta data comemora meio século de cultura vocal - o que isso representa, Verª Fernanda Melchionna! São 50 anos de atividade cultural produzindo o que há de mais belo, que é a música, e a expressão coletiva do Coral é algo que evoca os céus.

Quando Secretário de Administração do Estado do Rio Grande do Sul, tive a oportunidade de interagir com o coral do CAFF, e ali me envolvi e tomamos algumas iniciativas. Esta Casa tinha um coral, não sei se continua com ele; quando fui Presidente aqui, também interagimos. Por outro lado, na Zona Norte de Porto Alegre, o Lindóia Tênis Clube todos os anos faz um grande encontro de corais, reunindo coralistas de Porto Alegre e do Estado.

Quando o Coral da Universidade Federal do Rio Grande do Sul vem à Casa do Povo, que é a expressão-síntese do pensamento da Cidade, é um momento, sim, para as homenagens de agradecimento. Tenho dito nesta Casa que, quando fala o Vereador, fala a Cidade na sua expressão multifacetada, na sua síntese, e é exatamente isso, é a cidade de Porto Alegre que quer dar agradecimentos ao Coral da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Todos o conhecemos, já ouvi inúmeras vezes cantar o Coral.

Fica aqui a homenagem da Casa para que o Coral continue a sua caminhada, produzindo cultura e os cânticos que evocam exatamente grandes inspirações. O coral, quando canta, através do coletivo de vozes, parece que eleva o espírito, faz com que a gente se sinta muito bem, pela expressão, pela materialidade produzida pelas vozes em conjunto, em harmonia.

Um abraço e a saudação do Partido Trabalhista Brasileiro ao Coral da Universidade Federal do Rio Grande do Sul ao completar 50 anos, anos bem vividos e bem cantados. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Elói.

O Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ADELI SELL: Presidente Sofia; caros Rosiane, Jussara, Lucas, nossos visitantes; senhoras e senhores, eu, anteriormente, fiz um Requerimento para que as nossas autoridades tivessem efetivo conhecimento do esforço que é feito hoje em Porto Alegre por vários setores culturais. Senhoras e senhores da nossa querida Universidade Federal que estão aqui, eu me lembro, sim, do nosso Coral desde tempos muito distantes, porque também sou oriundo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Eu falo isso pelo seguinte: vejo pouca conexão entre os múltiplos esforços hoje feitos pela sociedade na área cultural e o gestor público.

Nós temos pouca condição de acessar os recursos. Temos o Fumproarte, que não tem edital neste momento. Temos tido bastantes limitações no Fumproarte nos últimos três anos - eu acompanho isso de perto -, e Ver. João Dib, gostaria que V. Exª verificasse as razões dessa questão, para saber o que efetivamente está acontecendo. Da mesma forma, no Estado, tivemos gravíssimos problemas com a Lei de Incentivo à Cultura. Tenho, no meu gabinete, inclusive um documento de análise sobre o famigerado Acampamento Farroupilha. No Conselho Estadual de Cultura, felizmente, um conselheiro sensato, honesto e decente pediu vistas de um processo, porque as contas de 2009 são um furdunço total e absoluto!

As senhoras e os senhores me desculpem, mas atentem para o seguinte, pois, atualmente, a Cultura está assentada no seguinte tripé: Carnaval, Acampamento Farroupilha e Porto Alegre em Cena. O resto não existe para o gestor público.

Mas a vida cultural desta Cidade é incrível. Desde uma instituição financeira - e eu não morro de amores por instituições financeiras, todo mundo aqui sabe -, mas o Santander Cultural fez uma apresentação jazzística e bluesística nesse final de semana, no domingo, para a qual não tinha mais ingressos, simplesmente, porque era efetivamente acessível ao cidadão comum, custava R$ 10,00 – uma entidade privada!

O Sindicato dos Bancários faz atividades incríveis, é um sindicato de trabalhadores, assim como é o Sinpro/RS, que tem uma fundação. Estou citando apenas duas entidades sindicais que fazem muita cultura. Poderia falar aqui também de outros atores privados como o Studio Clio. Os corais que temos, e nós já tivemos mais, precisam de um incentivo para que exatamente a atividade coralística volte a ser, como historicamente foi no Rio Grande do Sul, oriunda também das várias etnias. Nós temos os corais dos italianos, dos alemães, para citar duas etnias; os poloneses têm muito isso - nós precisamos garimpar essas atividades.

Por isso, Fernanda, fiz esse Requerimento, há pouco, no microfone de apartes, porque o gestor público local, estadual, precisa saber que esta Cidade, este Estado têm uma vida cultural forte, pujante e que não é possível gastar o dinheiro que se gasta - com todo o respeito -, no Carnaval, no Acampamento Farroupilha, no Porto Alegre Em Cena, e os outros não terem nada. Não estou falando contra essas três efemérides, não estou contra o Carnaval, pelo contrário - uma vez, deste microfone, eu disse, o Dib lembra-se: gosto do Carnaval de Porto Alegre e tomo água do DMAE. Isso não é populismo, isso é real, Ver. Haroldo de Souza. Não tenho nada contra o Acampamento Farroupilha, tenho contra ao que ele está sendo transformado pelo MTG. Não tenho nada contra o Porto Alegre Em Cena, muito pelo contrário, mas tenho contra a forma como é organizado hoje e o beneficiamento de alguns.

Portanto, pela visão republicana que tenho da coisa pública, por cultura ser um elemento fundante da natureza humana, e pela democracia e pelo acesso universal ao dinheiro público, quero me somar às atividades do Coral da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Adeli Sell assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Prezada Rosiane, Presidente do Coral da UFRGS; Jussara Porto, Vice-Reitora de Extensão, é muito importante a sua presença neste momento; jovem maestro Lucas Alves, eu não o conhecia e ainda não pude vê-lo regendo o Coral; queridos e queridas coralistas que acompanham esta homenagem, fiz questão de fazer uma manifestação mais formal porque o Coral da UFRGS está na história da minha formação educacional, política e cultural. Em 1982, quando eu entrava na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, fui convidada a compor o coral-escola da UFRGS. Foi o meu primeiro ano, e o coral-escola tinha muita gente. Lembro que ele era muito grande. O coral-escola era um investimento da Universidade e preparava cantores e cantoras para compor o Coral da UFRGS, que era uma forma importantíssima de inclusão na vida cultural, na vida musical; era um compromisso que a Universidade desenvolvia dessa construção cultural de cada sujeito que entrava na Universidade. Nessa experiência de coral-escola e nessa experiência de convivência, porque o coral-escola não só assistia a alguns espetáculos como cantava eventualmente junto e aprendia com o Coral da UFRGS, fazia técnica vocal. Eu pude constatar o que é marca do Coral nesses 50 anos; um coral que é muito exigente, mas não é o maestro que é exigente, e, sim, os cantores, os preparadores vocais que são exigentes. É uma instituição que leva muito a sério a música coral, e não era se constituir e, dali um mês, estar se apresentando. E eu não sei qual é o ritmo, hoje, de ensaios, mas, na época, eram três ensaios por semana e eram apresentações no final de semana, era uma intensa vida de envolvimento gratuito dos coralistas, dos universitários e ex-universitários, que não só faziam parte dos momentos cerimoniais da universidade, mas – pelo que a Fernanda aqui já relatou – traziam para a Universidade, estabeleciam, desde a Universidade, elos com a música no mundo inteiro. O Coral viveu aqui, e acho que foi protagonista, uma época de ouro dos corais. Eram festivais de corais que lotavam a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ficava lotadinho aquele auditório da UFRGS, onde eram disputados os espaços como se fossem espetáculos, hoje, populares. Infelizmente, como tantas outras manifestações culturais, aquele tempo perdeu a sua força.

Quero dizer aqui que é surpreendente como o Coral da UFRGS consegue sobreviver, resistir e se manter atuando desde então. E por que é surpreendente? Não é só pelo desprestígio do canto coral, de ele estar, hoje, muito mais restrito - claro, há os corais que estão trabalhando mais as músicas populares, há os corais das instituições -, mas o coral, enquanto música, enquanto forma de fazer música, perdeu o prestígio que tinha nos anos 80 e 90. Mas não é só por isso, é pelo caráter de o Coral da UFRGS não ter um lugar - não querendo, de maneira nenhuma, Rosiane, ser agressiva com a Universidade, aliás, eu tenho o maior carinho pela Universidade Federal, que foi a minha Universidade -, o investimento da Universidade nunca conseguiu estar à altura, talvez naquela época, mas nem assim, porque, às vezes, eu lembro de chegarmos no Instituto de Artes e estar fechado, não podendo ter ensaio e termos de ir atrás de quem estava com a chave. Vejam, nos maiores e nos melhores momentos do Coral da UFRGS.

Então, acho que este momento tem de servir para isso, 50 anos de resistência, de música, da excelência do erudito e da excelência do popular, porque o Coral da UFRGS faz música popular, mas o faz buscando a excelência, dedicando-se a trabalhar as vozes, à técnica vocal. É inaceitável que a UFRGS não tenha entendido o papel desse importante instrumento de promoção de Educação, porque a cultura é a promoção da educação dos sujeitos.

E eu queria, Fernanda, que este momento fosse firme, inclusive a Fernanda encaminhou o momento na Sessão, e eu havia encaminhado, junto à Mesa Diretora, uma Placa para homenagearmos o Coral. Eu pensei numa Placa para significar que tem que haver uma parede, que o Coral precisa de uma parede sua; na verdade, precisa muito mais, precisa de sala de ensaio, um lugar para colocar o acervo maravilhoso que o Coral tem e que deveria estar disponibilizado para os estudantes de música e para a sociedade.

Então, nós queremos firmar esse compromisso. Já tivemos algumas interlocuções com o Reitor Alexandre tratando da Escolinha da UFRGS e também do Coral, isso no ano passado, e o Professor Alexandre sinalizava que o atual prédio da nova UFCSPA, a antiga Ciências Médicas, será um grande espaço que estará disponível. Então já deixo essa pista para a Direção do Coral, vamos trabalhar juntos para que tenhamos, de novo, um coral-escola e não só um lugar onde os coralistas exerçam a sua arte, mas que possamos ter acesso a essa belíssima arte.

Parabéns a vocês e que os próximos 50 anos sejam, novamente, de tempos de glória, e que tenham um lugar concreto à altura dessa história. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

(A Verª Sofia Cavedon reassume a presidência dos trabalhos.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não havendo Vereadores inscritos, eu quero convidar a Verª Fernanda Melchionna, as coralistas Neiva e Eva que têm o mesmo tempo no Coral, e demais coralistas presentes a dirigirem-se à Mesa para fazermos a entrega da Placa em homenagem aos 50 anos do Coral.

 

(Procede-se à entrega da Placa.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Maestro Lucas vai ler o que está escrito na Placa.

 

O SR. LUCAS ALVES: (Lê.): “Câmara Municipal de Porto Alegre. Ao Coral da Universidade Federal do Rio Grande do Sul a nossa homenagem e reconhecimento pelo relevante trabalho desenvolvido ao longo dos seus 50 anos de existência, sempre buscando a elevação do nível artístico, a integração de diferentes culturas e o fortalecimento da UFRGS. Câmara Municipal de Porto Alegre. Porto Alegre, agosto de 2011”. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Srª Rosiane Pontes, Presidente do Coral da UFRGS, está com a palavra

 

A SRA. ROSIANE PONTES: Boa-tarde em especial à Srª Presidente, ex-coralista também; Vereadores e Vereadoras; boa-tarde aos coralistas, à Jussara, representando a UFRGS. Para nós, do Coral, é uma grande homenagem e uma honra que esta Casa, como alguns dos Vereadores citaram, receba-nos e nos homenageie nesses 50 anos. Como a Verª Sofia e Verª Fernanda falaram, foram 50 anos de história dedicados à música, enfrentando alguns obstáculos, às vezes, procurando uma chave, não tendo ainda uma parede para colocar a Placa. Mas o mais importante para o Coral da UFRGS são as pessoas que o integram. Nós temos orgulho de levar a Universidade Federal do Rio Grande do Sul no nosso nome, tanto em Porto Alegre, no Brasil e para países da América Latina quanto da Europa. O Coral é feito de pessoas, por pessoas e para pessoas. Então, quando esta Casa nos homenageia, nós acreditamos que o nosso trabalho está muito bem desenvolvido. Não vou estourar o tempo de vocês e passo a palavra ao Lucas, nosso Regente atualmente. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. LUCAS ALVES: Boa-tarde a todos, Srª Presidente; boa-tarde, demais Vereadores; meus queridos coralistas, é com muito orgulho e muita honra que nós recebemos esta homenagem. Para mim, que tenho metade da idade do Coral da UFRGS, é uma alegria muito grande poder estar à frente deste grupo, que vem sempre tentando buscar a elevação do seu nível artístico e, principalmente, o nível cultural da nossa Cidade e do nosso Estado. Nós sabemos que é de vital importância para a sociedade, para as pessoas, a cultura nas suas vidas, na formação de caráter, na formação de identidade, assim como lembrou a Presidente Sofia. Gostaria muito de agradecer a Verª Fernanda e a esta Casa pela possibilidade de estarmos aqui recebendo esta homenagem. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Srª Jussara Porto está com a palavra.

 

A SRA. JUSSARA PORTO: Cumprimento a Mesa. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Para nós, da UFRGS, representa muito estar aqui recebendo essa homenagem. Com todas as dificuldades que nós temos na UFRGS, o Coral tem 50 anos e está vivo. Para nós, isso é uma vitória, mesmo sem o espaço físico, pois na maioria dos projetos da UFRGS acontece isso, ele está vivo, e as pessoas representam, amam e vivem o Coral. Isso deve ficar para cada um de nós como exemplo de persistência, de acreditar e de seguir em frente. Eu proponho uma união de esforços com recursos da Universidade, recursos da União, recursos do Estado para criar um espaço para o artista, como foi bem falado aqui, porque nós não temos esse espaço. Vamos nos unir e construir esse espaço para o artista, para que ele tenha - não só o nosso Coral, mas todas as entidades - um espaço físico no qual essas manifestações consigam aflorar. Essa é a minha fala. Agradeço principalmente à Verª Fernanda, à Presidente, esta homenagem que nos emociona muito. Fica aqui o nosso agradecimento. A UFRGS tenta passar todo esse espírito de conhecimento, de permanência. Muito obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito bem, então eu quero encerrar esta homenagem, fazendo um agradecimento pessoal e especial ao Coral. No Coral da UFRGS eu conheci meu companheiro e marido, mas tenho uma queixa: tive que compartilhar a minha lua de mel com o Coral da UFRGS. Mas, foi, de fato, uma grande história de parceria com o grande grupo aqui em Porto Alegre. Então, parabéns, meninas, por levarem essa história, e espero que faça diferença, agora, com os 50 anos, a gente ter outro lugar, outra estatura física, para acolher tamanha estatura artística e militante pela cultura.

Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h03min.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 15h04min): Estão reabertos os trabalhos.

O Ver. Professor Garcia está com a palavra em Comunicações.

 

(O Ver. Adeli Sell reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Ver. Adeli Sell, presidindo os trabalhos; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste, hoje, tive oportunidade de almoçar lá na ilha do Grêmio Náutico União - o Ver. Elói já foi algumas vezes lá - e quero dizer que, com o almoço de hoje, soma o total 1.499 almoços, só nas quintas-feiras, de forma ininterrupta. Todas as quintas-feiras, ao longo de 29 anos, sai esse almoço. Na próxima semana, estaremos comemorando 1.500 almoços dos ilheiros. E o pessoal sempre manda uma saudação especial ao Ver. João Antonio Dib.

Hoje pela manhã, eu havia combinado como uma pessoa que tinha me enviado uma carta... Quando eu li a carta, fiquei bastante sensibilizado. Ela reportava a história da sua mãe doente. Há mais ou menos um mês, ela circulou pelos hospitais da Cidade, não conseguindo leito. Sua mãe ficou em casa e, quando piorou, foi para o Hospital Vila Nova. Lá ela conseguiu leito, mas o estado de saúde de sua mãe não evoluiu. Ela simplesmente retirou a mãe, e eu vou usar a expressão “na marra”, porque entendeu que as condições do Hospital Vila Nova eram e são, segundo ela, precárias. E foi para a fila do Hospital de Clínicas. Como a situação da senhora era gravíssima, depois de ficar três dias nos corredores, ela conseguiu ser atendida. Só que lá no Hospital, nesses últimos dias, ela contraiu uma infecção hospitalar.

Ela nos trouxe a situação, e hoje estivemos lá no Hospital de Clínicas e vimos aquilo que realmente nós sabemos que existe. O Hospital de Clínicas, na realidade, é um hospital do Estado. Embora seja um hospital federal, geograficamente é um hospital do Estado. São centenas de ambulâncias no entorno, com a cidade característica, e lá os pacientes ficam na fila de emergência.

A Direção do Hospital já cansou de colocar a sua situação: se não tem mais vagas, não atendem, e, no outro dia, tem manchete nos jornais porque não querem atender; se atendem, no outro dia tem manchete, porque tem uma superfila, e não conseguem dar atendimento a todos. Ao mesmo tempo, as famílias que se dirigem para lá começam a brigar, porque cada, um dentro da sua visão, acha que o seu paciente está mais doente. E o corpo clínico determina, num julgamento sob um olhar diferente, que quem está em estado mais grave será o que vai ser atendido num primeiro momento.

Mas o que mais nos chamou atenção foi essa preocupação com as instalações dos hospitais, hoje, em Porto Alegre. Esse medo e esse anseio não são só dos hospitais de Porto Alegre, é uma situação que está ocorrendo em nível mundial: ao tu ires para o hospital, tu acabas contraindo uma infecção hospitalar. Então, isso remonta cada vez mais à situação da Saúde na nossa Cidade, da Saúde do nosso Estado. Eu não tenho nenhuma dúvida de que, para melhorar a Saúde, nós temos, cada vez mais, que trabalhar na profilaxia. Se nós não começarmos a trabalhar com situações na área educacional, teremos muita dificuldade, ou seja, a cada dia que passa, aumenta o número de obesos; a cada dia que passa, aumenta o número de pessoas sedentárias; a cada dia que passa, as doenças coronarianas e os mais diferentes tipos de situação se agravam. Ao mesmo tempo, as estatísticas só falam daquelas doenças que tiveram “x” cirurgias, ou seja, nós não temos um Ministério da Saúde, temos um ministério da doença e, no Município de Porto Alegre, por sua vez...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: ...Então, só para concluir, eu quero dizer que cada vez mais nós trabalhamos não com a Saúde, trabalhamos essencialmente com a doença, e nós temos, então, que trabalhar numa visão profilática, junto com a questão educacional, para minimizar o drama, ou seja, sempre que temos um paciente próximo a nós, sentimos o que é o drama da Saúde no nosso Estado e no nosso Município. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Obrigado, Ver. Professor Garcia.

O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; meus prezados colegas Vereadores, Vereadoras; senhoras e senhores; um dos temas mais importantes que está em debate no Brasil é a grande riqueza nacional do petróleo. Na última década, com todos os estudos feitos pela Petrobras e pelo Governo brasileiro com a descoberta do Pré-Sal, está havendo uma disputa na República pelos recursos oriundos dessa riquíssima fonte de energia. Todos nós sabemos que o Congresso Nacional, mais precisamente a Câmara Federal, aprovou, recentemente, a lei da partilha dos royalties referente ao Pré-Sal. Nessa partilha dos royalties – a Presidência da República vetou –, existe a Emenda do nosso ex-colega Vereador, ex-Deputado Federal, a chamada Emenda Ibsen Pinheiro, que apresenta a redistribuição dos royalties para todos os Estados brasileiros. Ontem, na Assembleia Legislativa, foi lançada ou reforçada, e houve um ato sob a coordenação do Deputado Adão Villaverde, Presidente da Assembleia Legislativa, em que estavam o ex-Deputado Federal Ibsen Pinheiro, autor da Emenda; o Presidente do Tribunal de Contas do Estado; o Governador Tarso Genro; o Vice-Governador; as centrais sindicais; os petroleiros, enfim, a comunidade rio-grandense mandando uma mensagem oficial do Rio Grande do Sul. E hoje, ao meio-dia, o Governador Tarso Genro, que coordena os Estados do Sul - Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul -, também tirou uma posição unificada para que o Veto presidencial seja derrubado no Senado Federal, porque o que foi aprovado, a nova regra apresentada no Congresso Nacional para divisão dos royalties do petróleo é muito grande. Vou dar um exemplo: no Município de Porto Alegre, pela regra atual, nós recebemos R$ 1.614.962,00, anualmente. Deveríamos receber, já em 2010, pela nova regra, R$ 17.454.505,00. Portanto, colegas Vereadores, se passar a legislação proposta pelo Governo Federal, diferente da aprovada no Congresso Nacional, os Municípios receberão somente 10% daquilo que nós entendemos que é justo, pois a riqueza do subsolo pertence à União, ao Estado brasileiro, e o Estado brasileiro somos todos nós.

Onde estão as maiores demandas pelos serviços, pela infraestrutura, sejam para a Saúde, a Educação, a Assistência Social? Estão nos Municípios. Portanto, o movimento pelo qual o Brasil todo se levanta neste momento, numa nova campanha do “petróleo é nosso”, é para dizer que essa riqueza tem que ser distribuída equitativamente entre todos os brasileiros, não privilegiando apenas aqueles Estados produtores de petróleo, como é o caso do Rio de Janeiro, do Espírito Santo, da Bahia e de São Paulo. Este é o tema que está em debate. Eu solicito aos colegas Vereadores que mandem mensagens para os seus Partidos no Senado Federal...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: ...Concluindo a minha fala, sugiro, principalmente à Bancada do PMDB, representada aqui pelo Ver. Haroldo de Souza... O autor da Emenda é o Ver. Ibsen Pinheiro, juntamente com o Senador Simon. O Ver. João Antonio Dib, a Senadora Ana Amélia; já enviamos ao Senador Paulo Paim; ao Ver. Luiz Braz, cuja Bancada, a do PSDB, não tem nenhum Senador aqui do Rio Grande do Sul, mas é forte no Senado; ao PDT, da mesma forma; para que esse movimento seja um movimento da Nação brasileira, em defesa da produção de riquezas e distribuição equitativa dessas riquezas. Portanto, eu quero trazer, aqui, esta mensagem e deixar um apelo aos colegas Vereadores, pedindo que se aliem, trabalhem juntos com todos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Luciano Marcantônio.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Boa-tarde, Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; Vereadores, Vereadoras, todos os que nos assistem nas galerias e pela televisão; ontem foi um dia muito triste, Srs. Vereadores, pela perda de um irmão, o Escurinho. Dentro dos gramados, tanto do Beira-Rio como do Olímpico, nós disputamos como rivais, camisas azul e vermelha. Quero deixar aqui os nossos pêsames à família e aos torcedores do Internacional.

O Escurinho será eternamente um grande ídolo, não só do Internacional. Foi um cidadão com quem eu tive a oportunidade, durante seis anos, de trabalhar junto, na Escolinha, no SESC, uma pessoa que só trazia o sorriso, a alegria e pensamentos positivos. Aprendi muito! Aprendi a ser humilde juntamente com o Escurinho e outros jogadores e treinadores que passaram na minha carreira. Mas, Presidente, a minha preocupação não é só com as crianças, com o esporte, com a Copa do Mundo, com as benfeitorias dentro de Porto Alegre, com as obras: a minha preocupação maior, Ver. João Dib, é com a diabete.

Na segunda - o meu discurso aqui na tribuna deve estar gravado - eu falava sobre essas doenças, a diabete e a hepatite; 80% dos jogadores, atletas - não só jogadores de futebol - da década de 60 e 70, conforme uma pesquisa feita, têm essas doenças. Há uma preocupação muito grande, Presidente.

Eu acho que essa doença ficou escondida durante muitos e muitos anos, e ela veio aparecer com um índice forte na década de 90. Ela continua escondida, porque há pouca divulgação sobre essa doença.

Eu conversava ontem com os filhos do Escurinho e perguntava como o pai estava se tratando dessa doença.

Nós, jogadores, nos acostumamos muito com a glicose, que é o nosso combustível...

 

(Aparte antirregimental do Ver. Engenheiro Comassetto. Inaudível.)

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Glicose não é droga, Comassetto. Glicose é o açúcar e nós precisamos comer muito doce para queimar dentro do campo. É bem natural, e, graças a Deus, até hoje é natural. E a gente se acostumou. E há muito pouca divulgação, Ver. Toni Proença. Eu acho que o Governo, o sistema de Saúde poderia divulgar mais.

Ele tomava muita coca-cola, e a coca-cola é a que mais tem glicose. É um veneno para quem tem diabete.

 

O Sr. Engenheiro Comassetto: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Muito obrigado, Ver. Tarciso Flecha Negra. Eu venho aqui, em nome da minha Bancada, a Bancada do PT, cumprimentá-lo e solidarizar-me com o senhor, com a família do Escurinho e com todos os atletas, porque ele marcou época no futebol do Rio Grande do Sul e na sociedade gaúcha. Um grande abraço.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Obrigado, Ver. Comassetto.

E eu falava com o seu companheiro de Bancada, o Ver. Todeschini, que também tem, como eu tenho, diabete. Mas todo o cuidado é pouco. Cuido-me muito, porque é uma doença silenciosa, ela vem e te mutila todinho. E aí não tem volta.

Sr. Presidente Adeli, eu não sei o que poderíamos fazer em termos de projeto para que houvesse uma divulgação maior dessas doenças, que são a diabete e a hepatite.

Nas décadas de 1960, 1970 e 1980 elas estiveram escondidas, e, agora, elas aparecem com índices muito fortes, porque de 30% a 40% da população brasileira ou tem a diabete ou tem a hepatite. Então, eu acho que o Governo tem que divulgar mais, cuidar mais dessas doenças e cuidar mais desse povo, porque muitos não têm as condições que muitos de nós temos de pegar um carro, de pegar um ônibus. Algumas pessoas não têm dinheiro para buscar o remédio. Então, nós temos que cuidar e ajudar essas pessoas com um tratamento e esclarecer bem a respeito dessas doenças, que não são “doencinhas”: são doenças que arrebentam o ser humano. Obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Não sei se cabe à Presidência responder, mas nós temos uma Comissão de Saúde, e eu creio que este tema tem que ser lá debatido.

Solicito que o Ver. Toni Proença assuma a presidência dos trabalhos.

 

(O Ver. Toni Proença assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Luiz Braz está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srs. Presidentes, Adeli Sell e Toni Proença; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, eu estava ouvindo o Ver. Comassetto falar sobre os royalties do petróleo. E eu estava pensando que a política no Rio Grande do Sul tem-se pautado por interesses de grupos, interesses pessoais, interesses partidários, e a população tem ficado realmente em segundo plano. O pronunciamento do Ver. Comassetto deixou bem viva esta imagem, Ver. João Dib, de que as pessoas não se pautam pelos interesses gerais da sociedade, sempre são interesses de grupo.

Não faz muito tempo, Ver. Elói Guimarães, que o atual Governador do Rio Grande do Sul, o Dr. Tarso Genro, tinha-se manifestado contrário a essas distribuições dos royalties do petróleo por um simples fato: quem governava o Rio Grande do Sul era um Partido diferente daquele com o qual o Dr. Tarso Genro tinha alguma relação; então, ele era contrário, ele não via interesses da sociedade do Rio Grande; ele não via, na verdade, as possibilidades de o nosso Estado e de outros Estados também poderem receber alguma coisa que seria justa e que iria ajudar nas finanças já combalidas do nosso Estado. O que ele via simplesmente é que era uma pessoa vinculada a outro Partido que estava governando o Rio Grande do Sul, e que, por isso, o Rio Grande do Sul não podia receber aqui essa divisão dos royalties do petróleo.

Ora, ele assumiu o Governo do Estado e imediatamente trocou de lado. É pelo bem do Rio Grande do Sul? Claro que não! Claro que não, porque eles não visam a isso; os seus interesses são muito rasteiros, são vis, não visam ao conjunto da população; os seus interesses são apenas do grupo que representam, do Partido que eles representam, porque sempre foi assim, para o Partido “x”, e, no caso aqui, o PT e outros Partidos também ligados ao PT. Para chegar ao poder vale tudo: vale mentir, vale prejudicar a população, valem até crimes, muitas vezes - vale tudo. Chegou lá, e aí tudo fica diferente. E essa é mais uma prova eloquente de como os políticos, aqui no Rio Grande do Sul - felizmente não todos, mas alguns -, se comportam. É exatamente assim!

Num passado não muito distante, o Dr. Tarso era contra a divisão dos royalties do petróleo; inclusive, já tinha feito pronunciamento nesse sentido. Assumiu o Governo do Rio Grande do Sul, e passou a ser favorável à divisão dos royalties do petróleo. É por isso que nós estamos nesse estágio, o Estado com as condições que tem hoje, sem realmente conseguir fazer com que as contas do Estado fiquem equilibradas. Já tivemos essa oportunidade, num passado não muito distante, de equilibrar as contas do Governo, mas hoje não temos mais. Hoje, as contas estão novamente desequilibradas. Já se comentou até que não haverá dinheiro para pagar o décimo terceiro, já se fala em atraso de pagamento, já se fala em tudo. Inclusive, um comentário de que os recursos para o metrô para o Rio Grande do Sul vão causar um ônus tão grande para a nossa população que eu não sei se o benefício que ele vai trazer compensará aquilo que vamos gastar.

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Luiz Braz continua a sua manifestação em Comunicações a partir deste momento, por cedência de tempo do Ver. Mario Manfro.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Muito obrigado, Ver. Mario Manfro, que é o Presidente do meu Partido aqui em Porto Alegre, meu companheiro de Bancada, e me cede seu tempo para que eu possa continuar na tribuna.

Ver. Mario Manfro, eu pretendo tratar aqui de um segundo caso dentre os que eu tinha elencado para trazer aqui na tribuna hoje. Eu queria falar sobre o mobiliário urbano. Estou preocupado com o atraso da licitação, porque existe uma comissão que foi formada pelo Governo Municipal, para que houvesse a possibilidade de se licitar, não todos os itens do mobiliário urbano, mas, pelo menos, alguns itens, até o final deste ano. Essa foi a afirmação que recebemos em uma reunião propiciada pelo Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Ver. Elói Guimarães, onde ouvimos que, até o mês de outubro, mês de novembro, o problema da licitação já estaria resolvido com relação ao mobiliário urbano. Mas olha só como as coisas estão transcorrendo - é essa a minha preocupação e temos que fazer essa cobrança, Ver. Elói: antes da licitação se faz necessário contratar um outro tipo de serviço, que é para quantificar a capacidade econômica dos licitantes que vão participar da licitação do mobiliário urbano. Eu fiquei sabendo hoje que, depois de escolhida a empresa que vai fazer esse trabalho que antecede a licitação - é claro que será uma empresa idônea -, ela levará, no mínimo, três meses para poder oferecer os seus dados com relação à licitação. Ora, essa empresa ainda não foi escolhida, e já estamos no final do mês de setembro. Se ela for gastar três meses para fazer esse estudo com relação à capacidade econômica para essa licitação do mobiliaria urbano, nós vamos passar a licitação para o ano que vem; aí, vamos fazer a licitação para sabermos quais as empresas que vão realmente poder levar avante o problema do mobiliário. Nós corremos um risco, Ver. Elói Guimarães, de entrarmos no ano de 2012, que vai ser o ano da eleição, sem as condições necessárias para que a licitação do mobiliário urbano possa se dar. Não serão todos os itens licitados, Ver. Bernardino Vendruscolo; vamos ter licitados, que eu me lembre, apenas os postes toponímicos, as paradas de ônibus, e só para esses dois itens já é uma licitação enorme, mas os itens são variados.

 

O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vossa Excelência tem conhecimento se as placas indicativas de nomes de rua de Porto Alegre também vão receber algum tratamento?

 

O SR. LUIZ BRAZ: Elas não seriam contempladas, pelo que eu sei, nas escolhas dos itens a serem licitados; elas não estariam ainda entre essas escolhas.

 

O Sr. Engenheiro Comassetto: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Sobre o mobiliário urbano, a CUTHAB vem fazendo este debate junto à Comissão que foi instalada no Executivo. Já fizemos duas audiências, e está marcada para o dia 8 de novembro a próxima, quando a Comissão vai trazer os requisitos a serem apresentados no edital, o grande perfil, quais os itens que entram, se é por região e tudo o mais. Então, para o dia 8 de novembro, eles ficaram de trazer esses estudos, que são resultado do trabalho feito. Obrigado.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Comassetto, nós fizemos, na Comissão de Constituição e Justiça, que é presidida pelo Ver. Elói Guimarães, uma reunião, e o que vai anteceder nessa licitação e no fornecimento desses itens é exatamente esse estudo para saber a capacidade econômica das empresas que vão participar da licitação. Então, todo esse trabalho deve ser levado em conjunto, mas eu não acredito que este ano saia essa licitação do mobiliário urbano, o que coloca, inclusive, em perigo essa área que é tão delicada em uma administração pública. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Registro a presença nesta Casa da Drª Tâmara, da Secretaria Estadual de Justiça e dos Direitos Humanos. Seja muito bem-vinda, a senhora nos honra com a sua presença.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Solicito verificação de quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. João Antonio Dib solicita verificação de quórum. Solicito a abertura do painel eletrônico para que possamos registrar as presenças. (Pausa.)

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Enquanto isso, só quero registrar que tenho de fazer a prestação de contas da minha viagem - estou com o Relatório pronto, entreguei-o a V. Exª, inclusive - e isso prejudica o nosso trabalho. O Ver. João Antonio Dib não deveria fazer isso, porque os Vereadores estão aqui para falar e isso é um desrespeito com as demais Bancadas. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Obrigado, Comassetto. O Ver. João Antonio Dib está com a palavra.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, nenhum Vereador vai falar para mim em vontade de trabalhar, eu estou sempre presente neste Plenário. Agora, eu não sirvo para ouvir meia dúzia de Vereadores. Ontem, eu não consegui que um assunto do Município recebesse mais um voto. Estavam fazendo o quê, ontem? Que diferença há de ontem para hoje? Hoje são heróis, querem trabalhar; pois eu trabalho sempre: eu chego às 14 horas e saio quando termina. Não tendo quórum, eu vou me embora!

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Muito obrigado, Vereador. O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Vereador João Antonio Dib, eu acho um desrespeito com os Vereadores que estão presentes no período de Comunicações.

 

(Aparte antirregimental do Ver. João Antonio Dib.)

 

O SR. MAURO PINHEIRO: O senhor falou, o senhor escute, Ver. João Antonio Dib!

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): (Após o fechamento do painel eletrônico.) Nove Vereadores presentes no Plenário; portanto, não há quórum.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 15h41min.)

 

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